Década de 50
Estudo da Década
Contexto histórico
É um momento de pós-guerra em que os países destruídos buscavam recursos para sua reconstrução. Os EUA proporcionavam recursos para isso, por meio do plano Marshall.
Juntamente com o apoio financeiro, o estilo de vcida e a cultura norte americana foram penetrando em vários países. A indústria norte americana produzia em massa bens de consumo com baixo custo de produção e venda.
O novo estilo de vida criado acompanhava um sentimento de esperança e otimismo trazido pelo fim da guerra e pelo consequente desejo de uma vida melhor. Entre as inovações científicas e tecnológicas desenvolvidas durante a década estão, o uso de energia nuclear, computadores, antibióticos e os primeiros satélites artificiais.
Com o baby boom houve o surgimento de uma geração jovem e pela primeira vez vista como consumidores, o que exigia produtos específicos, diferente do que seus pais utilizavam. Apesar disso a tradição e o conservadorismo permaneciam. A mulher volta a ser vista como mulher mas sua independência financeira não agrada e há até campanhas que forçavam a visão da mulher como dona de casa e mãe de família.
Para que novos empregos fossem criados os EUA criaram a obsolencia planejada, uma vez que deveriam produzir cada vez mais e o consumo deveria ser estimulado. Isto causou a idéia de consumo exagerado e a criação de "falsas" necessidades. Podemos notar neste período o surgimento da idéia do descartável, os bens de consumo não eram fabricados para durar mas para serem descartados assim que surgissem novos modelos o que faz a economia girar.
Moda
As grandes marcas inglesas e francesas se consolidam e ficam conhecidas mundialmente, até hoje.As roupas prêt-à-porter haviam sido testadas com sucesso nos EUA e passaram a dominar o mercado. Para manter o equilíbrio entre a alta costura e o prêt-à-porter foram criados contratos que permitiam as maisons de alta costura fabricar acessórios prêt-à-porter, a colocar seus nomes grifados em sapatos, óculos, jóias e perfumes.
Hubert de Givenchy fez sucesso com suas peças "separáveis", que podiam ser combinadas a vontade. Ele se dedicou a fazer roupas para a elite. E certamente sua mais famosa criação foi o vestido preto usado por Audrey Hepburn em Breakfast at Tiffany's ( bonequinha de luxo).
Gabrielle Chanel havia voltado a ativa em 1954, com mais de setenta anos. Chanel além de seus perfumes inventa peças que se tornariam seus clássicos. O tailleur com guarnições trançadas, correntes de ouro, blusas combinadas com o forro do casaco, botões com suas iniciais, tweeds macios, jóias-fantasias, lenços de seda preta no pescoço, o broche camélia de tecido branco, chapéu canolier, prendedor com fita para rabo-de-cavalo, bolsa tira colo com matelassè, escarpin bege com ponta escura para que os pés pareçam menores. Nos anos 50, Chanel também produziu vestidos de noite fascinantes por sua simplicidade.
A moda masculina dos anos 50 era mais simples do que das décadas anteriores. Todos queriam parecer bons cidadãos, o que significou uma uniformidade na maneira de se vestir. As cores eram sóbrias, girando em torno do cinza, marrom, azul e tecidos como o algodão, lã, flanela, o xadrez e tweed. Eram usadas camisas listradas, terno escuro, calças estreitas e curtas embora com tecido sobrando na barra. Cardigans e blusas de lã para aquecer. Havia ainda casacos em veludo, smoking e camisas pólo se tornando cada vez mais populares.
Com a generalização do sistema de aquecimento nos ambientes, os tecidos ganharam leveza e lentamente há e inserção de sintéticos. O vestuário clássico foi influenciado pelo gênero esportivo em paletós que seguiam a linha de ternos. Começava-se a permitir nos ambientes de trabalho calças mais esportivas e camisas confortáveis. O jeans só era usado esportivamente , mas os jovens o adotava como peça de rebeldia, assim como calças mais ajustadas, jaquetas de couro e camisetas T-shirt brancas que eram usadas como peça externa, representadas nas telas do cinema do mundo inteiro em James Dean e Marlon Brando.
Rockers
Este look dos "bad boys" de Hollywood acabou ficando conhecido como "Rocker" , afinal, o ano de 1951 havia dado os primeiros indícios do surgimento do rock n' roll e em 1954 o rockabilly de Elvis Presley junto com Bill Hayley, Jerry Lewis e Chuck Berry eram a trilha sonora da juventude.
Estrelas do cinema como James Dean e Marlon Brando- que interpretou o motoqueiro vestido em couro em " O selvagem da motocicleta" (1953), são considerados ícones culturais da juventude rocker. O ROck n' Roll era visto como perigoso e subversivo pela geração adulta.
Rockers usavam camisetas brancas, jaquetas curtas de couro (jaquetas Perfecto), calças jeans Levi's, cvalças de couro e botas. Como acessório: uma echarpe amarrada e eram fãs de motocicletas. Os cabelos eram os mesmos dos Teddy Boys. As meninas usavam camiseta e jeans com tenis ou bota ou uma vesão mais jovial do New Look de Dior compoto por saia godê ou franzida, blusa gola colher, cardigans, lenços amarrados no pescoço, luvas brancas, sapatilhas ou tenis baixo.
Beatniks
O movimeto Beatnik começou nos EUA entre os estudantes e foi a primeira subcultura a usar roupas pretas em símbolo ao luto pela sociedade consumista e pelas guerras.
A palavra Beat significa "beato", mas foi usada como sinonimo de derrotados, oprimidos. Romanticos, existencialistas, protestavam contra a opulencia do pós- guerra, contra o consumismo, o progresso e as bombas atômicas.
Eram pacifistas ideológicos, contra o controle governamental sobre o ser humano, as fronteiras geográficas e graças a eleslutas contras o racismo, o imperialismo e a desigualdade foram iniciadas.
Foram personagens do livro "On the road" de Jack Kerouac que foi transformado em filme " Sem destino". Hoje em dia é vendido sob a estética de boemia intelectual.
Cartela de cores da década de 50
Análise das imagens da década de 50
Inspiração:
Elvis Presley
O
conjunto de imagens analisadas é composto por, um carro da época,
um telefone também da década e a jaqueta de couro tão usada pelos
rockers. Estudando as categorias conceituais fundamentais da gestalt
há harmonia no conjunto devido a disposição formal bem organizada
e a alta pregnância das partes.A harmonia é reforçada pela ordem e
pela concordância entre as unidades. É notório equilíbrio visual
que possibilita uma leitura simples e clara.
Todas
as imagens apresentam simetria no eixo vertical. Quanto ao contraste
o telefone e o carro apresentam contraste de cor, entre o vermelho e
o bege, cores vibrantes e com brilho, muito utilizadas na época.
Partindo
para a análise das categorias conceituais técnicas visuais
aplicadas, é possível observar em todas imagens a clareza, o que
proporciona a compreensão imediata das unidades sendo esta reforçada
ainda pela simplicidade visto que não há presença de muitas
subunidades e descomplicação visual.
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